quarta-feira, 25 de março de 2009

Projeto de jazz/hip hop

estou em vias de começar um terceiro projeto, de produção de rap, junto ao projeto com o David. queremos colocar jazz nas batidas, instrumentos de sopro, e um som menos eletrônico. o cantor e letrista dessa vez é o Bruno. eu fiz uma coleção de influências, bandas que chegam perto do conceito que a gente está buscando, de alguma maneira.

jazzmatazz é o projeto do guru, o primeiro rapper a colocar jazz no hip hop. seu primeiro álbum é de 93, e essa é minha favorita:

plenty, com a erikah badu, deve ser a mais famosa dele, do vol.3: streetsoul, e dá uma idéia de até onde dá pra gente ir:


o finado crown city rockers é quase um rap normal dos anos 90, mas tem a diferença deles tocarem tudo com instrumento de verdade, e também usam pianos e sopros que inspiram a idéia de jazz hip hop. Essa é a mais famosa:


depois tem o deltron 3030, do qual eu já falei no post sobre nerdcore, que eu gosto muito porque sua temática não é vida real, mas é uma história de space opera bem curiosa. claro que falar da sua vida é uma das coisas mais fortes do rap; mas o álbum do deltron 3030 é como se não fosse rap, mas uma outra coisa. minha preferida é Mastermind, e o clip é ótimo:

depois tem uma faixa com participação do damon albarn tambem, que cantou no gorillaz com a galera do deltron 3030 mesmo. então ela acaba sendo quase uma música perdida do gorillaz:

por enquanto é o que eu consigo pensar que tem a a ver diretamente com o projeto. eu não ouço jazz puro há uns bons anos, então vou me apoiar bastante no que o Bruno tem a me mostrar, dos músicos que ele gosta. minha impressão, na verdade, é que nosso som vai acabar bem diferente desses. mas esses são ótimos artistas pra se ilustrar o que é possível criar nessa área.

inaugurando o 3o projeto. deseje-nos boa sorte :)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Punk épico

existe um estilo de música punk, dentro do punk, que é fácil de se destacar. eu resolvi chamá-lo de punk épico. não existem bandas do estilo - nem sei se seria possível - mas o que acontece é que às vezes alguém faz uma música que é assim. então é mais uma estrutura que algumas músicas têm.

é mais ou menos assim: o tema é bem amplo, falando do mundo ou das gerações; normalmente tem algum instrumento (órgão, guitarra distorcida) que dá sensação de local aberto; as guitarras comem soltas, de um jeito que enche seu peito com uma certa urgência; e fica aquela sensação de eternidade, de coisas grandes.

assim fica fácil de lembrar, por exemplo, de hammersmith pallais do the clash:

"if adolf hitler flew in today, they'd send a limousine anyway", épico. difícil entender sem acompanhar as letras. isso previne, por exemplo, london calling de ser épica: letra muito específica, e irônica. então não estou falando de músicas canônicas, símbolos de época, nada disso. estou falando de músicas têem esse ar de grandeza. como essa do rancid no especial do south park:

"I'm no longer respected in this transition", "disastrous living, disastrous living!", falando do sol da california, é épico. não confundir com california sun dos ramones; aliás, ramones não entra muito nesse gênero, já que seus sons falam de coisas bem pessoais. eu ainda posso estar dando a entender que o som precisa ser respeitado, de uma banda famosa. mas não. olha um punk épico que não é nada disso (somente audio, o video é outra coisa):

"god reached his hand down from the sky, he flooded the land then he set it on fire" e é só o começo da letra dessa música que narra o dia do apocalipse. apesar da moral ser diferente (vale muito ler a ltra desse som), ela me faz lembrar da música do johnny cash, que também descreve deus descendo à terra (vocês vão ter que ignorar as imagens, de novo):

essa música do cash foi aproveitada de um jeito magnífico pra introdução do remake de dawn of the dead. a cena está aqui no youtube. vou ter que admitir que também é uma música épica, só que não punk. mas não sou tão versado no folk pra procurar músicas épicas lá.

vocês que me digam se eu deixei algum som digno do estilo de fora, e me ajudem a identificar mais elementos que unem esses sons, e que justifica a existência do estilo; ou que não justifica: pode ser uma viagem minha destacar essas músicas. eu sei que tem várias outras, e elas se sobressaem por esses elementos mesmo. olha outra (the matches: am tilts, da minha biblioteca):

"The morning tilts/ over the hills/ and floods the world", épico.

terça-feira, 17 de março de 2009

EDT: apresentação de roteiro definitiva

era óbvio que o meu antigo modelo de roteiro estava bem amador ainda. no ínicio eram uns rabiscos a lápis, com um monte de escritos coloridos pra diferenciar os personagens. funcionou bem enquanto eu era quase vizinho do santiago. quando ficamos longe, achei que ia resolver escrever um txt quadro por quadro, com os comentários que faria ao vivo pra ele. isso deixou ele com dois documentos na mão e precisava ficar relacionando-os, juntando os pedaços.

ele havia transformado meus rabiscos do capitulo 1 em rascunhos de verdade. mas isso deu muito trabalho, é uma etapa quase inútil... desde que eu faça minha parte direito. então resolvi caprichar mais (clique pra ver maior):

basicamente eu passei a caneta. esta cena não tem balões, mas estou fazendo eles também; por isso não preciso mais das canetinhas coloridas. mas aí mostra bem que eu não preciso mais ficar descrevendo 'sala com alunos', 'lousa escrito PROVA', 'alunos vão embora'. o santiago gostou, disse que fica mais fácil trabalhar assim.

ele tinha me contado que na Marvel, DC, os roteiristas escrevem tudo, em um padrão de documento. do tipo: 'página contém 9 quadros, dividindo a folha em retangulos iguais. primeiro retângulo: o batman dá uma voadora...' etc. o que eu acho legal, porque o pradrão deixa possível qualquer desenhista entender; e você não precisa mostrar o quanto é ruim de perspectiva, e deixa ele cuidar dessa parte toda. mas não vai ser assim pra mim, por enquanto.

tudo isso porque eu continuo me inspirando na idéia do 1o paezinhos, que eu tratei no meu primeiro post sobre roteiros. me sinto agora chegando em uma forma definitiva. também me sentindo confortável pra, quem sabe, aprender a desenhar... imagina?! nossa...

EDT: gráficas e faculdades

chegou a cotação da gráfica ediouro hoje, depois de 3 dias úteis. eu pedi pra eles 1 folha de capa, colorida dos dois lados, e 3 folhas de conteúdo p&b, tudo 26x34, que dobradas criariam 12 páginas 26x17 (formato americano) de conteúdo + a capa. passaram assim:
pra imprimir 1.000, custaria R$2365,oo - parece um absurdo, mas é 2,36 por edição
pra imprimir 10.000, custa R$4782,oo - 0,47 por edição!
até pra vender por máximo R$2,90 (preço de um gibi Turma da Mônica), a segunda opção é viável. e o preço ficou 5x mais barato pra 10x a quantidade! isso é muito. tiragens gigantes tornam o pedido pra gráfica totalmente viável, custo mínimo: dependendo da folha que comprasse, 4 já dariam 50 centavos, fácil.

foi um amigo meu que faz eventos de anime ( euanimerpg e piranimefest) me indicou, dizendo que é a gráfica da editora panini, portanto eles sabem como imprimir uma HQ com certeza. eles que me indicaram o papel, também, e ofereceram pra já dobrar e grampear. então chegaria prontinho.

agora uma segunda opção que surgiu: faculdades costumam ter impressoras laser, nos departamentos e muito possivelmente no Centro Academico, ou DCE. como um projeto estilo EDT é bem independente, tem muito a ver com faculdades, universidades. o pessoal lá vai querer ajudar você imprimir. eu conversei com o pessoal de uma FATEC, e eles estão entre cobrar só o toner (numa laser significa umas 10.000 cópias) e cobrar uma quantia mínima por folha.

pra chegar no formato americano por conta eu teria que cortar, mas comprar tamanhos maiores melhora muito o preço: conseguiria um couchê pra capa por 10 centavos; sulfite por 2; ainda estou pesquisando um papel um pouco melhor que sulfite pra dentro do gibi.

agora não está parecendo tão difícil ser independente. depois vou falar da liberdade que se ganha no design também, e quais delas vou usar no EDT.

sábado, 14 de março de 2009

EDT: rascunho de capa

O santiago racunhou o que seria a capa da primeira edição do nosso quadrinho.É um bairro residencial à noite, calmo, todo apagado.

E a primeira página será esse mesmo panorama, mas com o caminhão do personagem alex chegando, iluminando toda a rua. Esse rascunho já sugere que a coisa vai ficar séria, mesmo, quando pronta.

Os próximos passos dos meus projetos ainda estão em andamento. Conforme for fechando cada um deles, vou documentando aqui. Um abraço.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sexo em quadrinhos famosos

um blog magnífico que fala sobre sexo do melhor jeito que se pode ser falado (na 1a pessoa e sem tentar se defender) começou hoje uma série intitulada 'as "melhores" trepadas dos quadrinhos', um top 5 muito casual, segundo a autora, já que 'nossos super-heróis não comem mulher, não comem homem e não dão a bunda'.

sugiro que vocês passeiem pelo site, no mínimo pra saber que podolatria é um negócio sério. mas o texto é muito bom, casual e recheado de informação interessante. levando em conta que o blog não participa de guerra dos sexos, não tem nenhum objetivo de excitar o leitor e não responde dúvidas do seu público sobre 'o que eu faço comigo', dá pra ver que na verdade o conceito do blog é novo.

são apenas TRÊS buracos no corpo pra usar com fins sexuais. Por qual motivo devemos restringir nossa diversão a apenas dois? Ridículo, ou melhor dito, INDECENTE. Se for pra estacionar na fase anal, é bom que seja de ré.

o blog funciona mais ou menos assim: fala sobre tópicos da vida que têm a ver com sexo e relacionamentos, a experiência da autora no assunto e sua opinião. um formato simples e óbvio, mas original no final das contas, e dá uma liberdade de criação infinita porque ela pode falar à vontade sem se preocupar em tropeçar na própra linha editorial. e parece que ela tem realmente muito a dizer sobre esses assuntos, e também está bem à vontade.

e já pelo quinto colocado do seu top 5 dos quadrinhos dá pra ver que o negócio é sério. a idéia é ótima e os comentários estão muito bons. e o melhor é que a gente já sabe que watchmen não ganha no final, então vem aí alguma coisa interessante.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pensando em imprimir a HQ sozinho

estou em uma extensa pesquisa de como seria imprimir esse nosso quadrinho inteiro por conta. vou falar um pouco agora sobre o que já descobri que definitivamente não vou fazer, e as dezenas de opções em preço, qualidade e customização.

opções

primeiro, a folhas não será sulfite A4. o tamanho, 21x14 cm não tem cara de um quadrinho sério, por ficar bem perto de quadrinho amador, e também perto de gibi da turma da mônica. o ideal aqui seria conseguir um formato maior. como o proximo tamanho de folha padrão ISO, A3, é 29,7 × 42 cm, que drobrada ficaria bem maior do que o formato americano (chamado de formato tablóide), que dobrado cria uma página de 26x17. não se acha papel tamanho tablóide no brasil (tabloides usam papel jornal A3, se estive se perguntando). se quisesse um desse teria que recortar.
depois eu já sei também que xerox tiraria bastante a qualidade. mandei pesquisa de preço pra algumas gráficas, mas enquanto isso estou vendo a opção de imprimir por conta, em casa. Uma média de preços de usadas no Mercado Livre:
$400 uma máquina de xerox usada que copia em folhas tamanho A3;
R$750 para uma impressora colorida a tinta que imprime em folha A3;
1000 por uma impressora laser preta e branca A3, qualidade 600dpi;
2000 por uma p&b A3 1200 dpi;
pelo menos 5000 por uma a laser, colorida, A3 1200 dpi.
segundo um amigo meu que trabalha com impressoras disse que impressoras a tinha imprimem umas 500 a 700 impressões em uma recarga, enquanto a laser faz 5000 a 10000. isso faz com que eu fique entre a tinta colorida para uma tiragem menor, e uma arte a laser toda em preto e branco, mas que garante uma tiragem maior. uma outra chance é eu comprar as duas, uma pra imprimir a capa e outra pro conteúdo.

o santiago indicou o papel couchê, que é comum e bem parecido com de graphic novels; ele está algo entre 30 centavos por folha A3 em papelarias online. já 500 sulfites A3 custam uns 25 reais, logo, 5 centavos por folha. daí eu descobri uma coisa interessante: um rolo de sulfite de 1 metro por 50 custa 10 reais; se eu comprar uma daqueles cortadores de papel, vou poder fazer o formato que quiser delas. cabem 441 folhas tablóide no rolo, e ainda uma margem dele não estaria sendo usada, e o preço por folha ficaria 2 centavos, quase de graça. ainda não achei rolos de papel couchê, e ainda estou atrás de outros papéis.

combinando todas elas

se a obra for impressa toda em sulfite, ficaria menos de 15 centavos por edição (4 folhas para 12 páginas) impressa, contando a tinta. mas também não daria pra cobrar mais do que 1 real por ela, porque mesmo imprimindo uma capa colorida ia ficar bem amador na sulfite.

se ela for inteira de couchê (também podemos comprar uma mais grossa para a capa) o preço de produção subiria para pelo menos 1,20, um pouco mais se estivermos comprando tinta colorida para a capa. fora que o tamanho ainda seria A3 (uma A3 dobrada é um formato um pouco estranho, o de uma sulfite A4), ou poderíamos cortar as A3 no formato; de qualquer modo aumentaria bastante o valor da obra. ainda não achei rolo de couchê, ou outro papel de certa qualidade, pra ver a possibilidade de eu cortar o formato que eu desejo, e se isso barateia o projeto.

juntando duas das idéias que parecem ideais: um couchê colorido na capa e sulfite preto e branco dentro, por uns 45 centavos. mas ia ficar muito decepcionante abrir uma capa bonita e colorida pra achar papel ruim. eu, como leitor, ficaria puto. o contraste é muito grande, o quadrinho ia ficar desajeitado.


então fico devendo aqui um paralelo entre preços de gráfica e a qualidade do material que fornecem, versus a iniciativa de imprimir tudo sozinho. produção independente vai valendo mais a pena conforme a tiragem vai aumentando, então agora estou pensando em como aumentar isso: posso juntar mais pessoas que precisam de muita impressão, pra eventos ou fanzines, e também reprojetar (aumentar) a quantidade e a frequência em que lançaremos nosso material. porque aí quando eu tiver a margem de quantas cópias fazem compensar o produção de tudo por conta, vou ver já estar sabendo realmente chegaremos nessa margem, portanto se vai valer partir pra essa idéia.

segunda-feira, 9 de março de 2009

EDT: capítulo 1 sendo revisado

o santiago está desenhando o capítulo 1. ele vai deixar balões e caixas de texto aonde está indicado no roteiro, e depois que transformarmos o formato pra digital, vou colocar os textos com um editor e uma fonte legal.

enquanto isso eu ainda estou revisando o texto. é incrível o quanto os diálogos amadureceram desde a primeira vez em que eu os escrevi. os personagens expressam a mesma coisa, mas cada vez de forma mais clara conforme eu reescrevo. estou até pedindo ajuda para os universitários.

pra conseguir visualizar bem o roteiro, transcrevi tudo para um .doc. vou mostrar como ficou o texto da página 7, aquela que eu mostrei o rascunho em outro post:
pg7
q 2
pedro narração: não basta eu ter enterrado meus amigos, um por um
pedro n: tenho que aguentar eles voltando pra me assombrar
q 3
pedro n: d.boy nos disse 'eu morro neste dia'. tá, e daí?
pedro n: e eu, que tenho que morrer aos poucos sozinho, sem vocês?
q 4
pedro n: eu quero lembrar. não quero morrer sem lembrar.
q 5
pedro n: ninguém lá tinha família
pedro fala: lulu, olha... papai não vai ficar mais muito por aqui. você precisa de amigos, com sorrisos bem grandes, ok?
pedro n em baixo: só amigos
q 6
pedro n em cima: no pior momento eles sorriam pra mim, enquanto eu era o único desesperado.
pedro n em baixo: mas eu envelheci. não quero mais ninguém assistindo minha desgraça.
então vou mandar para o santiago uma última vez só pra ele se inspirar, e também deixar o espaço relativo ao tamanho do texto. tenho certeza que o texto amadurecerá bastante no processo.

então o modelo é assim: eu rascunho os quadros e os diálogos no papel e descrevo as cenas. o santiago concebe as imagens, cria as páginas com balões vazios e transporta pro computador. eu coloco o texto definitivo dentro dos balões.

editar pelo computador vai ser ótimo. principalmete porque me ocorreu uma outra idéia: posso já traduzir o texto todo para o inglês e disponibilizar a obra já de início nas duas línguas. estava já fugindo de expressões regionais e etc, e não fiquei colocando referências à cultura popular de nenhuma nacionalidade, então a história também vai ficar bem fiel em outra língua.

não vejo a hora de ter uma página pronta.

sábado, 7 de março de 2009

Mc frontalot e o nerdcore

mc frontalot inventou o termo nerdcore através da música linda nerdcore rising. melhor entender isso num show ao vivo:

nerdcore could rise up
it could get elevated
já existia quem produzia hip hop fora do conceito de gueto americano, temas espaciais ou coisa assim. um ótimo exemplo é o Deltron 3030, que depois foi ajudar no projeto dos gorillaz. mas o termo deu concisão a todo esse estilo. tem uma lista de artistas no artigo da wikipedia, e um website que organiza coletâneas e divulga discos do pessoal.

um outro ótimo arquivo é a categoria música do blog do meu irmão. ele, além de escrever lá no blog sobre tecnologia, organização pessoal e internet, foi punk e conhece umas finezas do mundo do nerdcore que fazem valer a visita. na verdade, você pode perder horas andando pelo blog dele, e se for pesquisar os assuntos propostos gasta mais algumas, e não é nenhum pouco cansativo. suas categorias são muito bem organizadas, também.


parece que frontalot sabe o que ele está fazendo

sexta-feira, 6 de março de 2009

Como recuperar posts perdidos e revisitar o passado

apaguei sem querer um post meu, esse do exalta rei logo abaixo. também sou novo no blogger e no mundo dos blogs, mas não no da internet. eu não sei o quanto isso é óbvio para todo mundo, mas o google indexa automaticamente o conteúdo da internet. então ele guarda o conteúdo, mesmo que esse já tenha sido apagado do servidor original.

desse modo, eu procurei meu post no google (exalta rei guilherme balan) e lá estava. Pedi para ele abrir 'em cache', uma opção que está logo abaixo da descrição do link, e entrei no meu próprio post deletado. pena que perdi um comentário muito legal de um parceiro blogger que escreve sobre o roberto carlos, e me citou no post que escreveu também sobre o exalta rei.

existe também um site maníaco que vai salvando a internet, no archive.org: lá tem a maravilhosa way back machine, que te leva de volta pra sites em épocas diferentes da interwebs.

copiei o post de volta aqui, de qualquer modo. agora o google vai poder guardar ele duas vezes.

Exalta rei

houve um bloco nas ruas da urca, sul da capital do rio de janeiro, com uma idéia magnífica: só tocariam músicas do rei Roberto Carlos em ritmo de marchinha; e terminariam a apresentação na frente do prédio aonde mora o rei.

o sucesso do bloco, que saiu às 4 da tarde, duas horas antes do anunciado na prefeitura para despistar o povo que acabou abraçando a idéia genial, não podia ser maior.



o sortudo do video filmou bem de perto. aos 00:40 o rei aparece no hall do prédio. aos 1:30 o povo todo começa a cantar 'meu querido, meu velho, meu amigo' para o roberto! ele pega o estandarte da escola, jogam rosas nele, e aos 2:42 desse video ele dá uns tapinhas carinhosos na bunda do estandarte. imperdível!

fica até bobo dizer que eles 'inovaram as marchinhas' ou coisa assim, porque todo mundo no rio adora cantar mesmo todos aqueles hinos, que aliás são tantos, e ouvidos só nessa época do ano, que é muito gostoso relembrar. inlcusive o bloco é muito o espírito do carnaval: as músicas do roberto estão na nossa cabeça do mesmo modo que estes hinos, e nos apaixonamos cantando 'detalhes' do mesmo modo que 'máscara negra'.

o maravilhoso do bloco extalta rei foi sim a homenagem de coração ao nosso rei, o carinho e a simplicidade com que isso foi feito (poucos instrumentistas, muuuuita gente), e a delícia indescritível de cantar uma música do rei em ritmo de samba.


techo curto, mas que mostra como foi bom lá no meio

muito obrigado ao pessoal do youtube pelos videos!

quinta-feira, 5 de março de 2009

EDT: capítulo 1 em andamento

Estou interrompendo projetos paralelos para iniciar uma revisão do texto todo do nosso capítulo 1. Assim que estiver pronto, o santiago vai começar a desenhar tudo no seu formato definitivo. Deseje-nos boa sorte.

Estava um pouco massante trabalhar com sketchs de 72 páginas, mais conceito de capa, e demoraríamos muito para ter algo concreto. Ensaiamos desenvolver umas histórias curtas na mesma ambientação, que complementassem mas não fossem parte necessária da trama. Mas quando eu vi que daria também um trabalho de algumas semanas, foi claro que o melhor era atacar com o que já estava semi-pronto. E está mesmo, o san rascunhou os quadros:

esse é um flashback que um dos personagens terá. é uma cena legal porque mostra os seis amigos juntos, na mesa. o santiago na verdade rascunhou tudo porque eu estava com um problema de achar perspectivas. ele que escolheu o ângulo da mesa, que ficou ótimo pra ver todo mundo.

vou aprontar todos os dialogos em um .txt numerado, e o santiago vai consultando ele pra encher os balões conforme desenha. vai ficar show. também talvez não poste aqui com tanta frequência... enquanto isso fiquem com um abraço e tenham um bom dia.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Nerdcore: core wars

nerdcore na verdade é um conceito musical. mas o nome foi emprestado para uma das minhas web comics favoritas. nercore: core wars, uma saga do scarybug, é menos conhecido que os outros que eu leio, o quadrinho de nerdcore é baseado em piadas envolvendo rpg, computadores (especialmente programação) e jogo de palavras, que aliás é um estilo de piada recorrente nesses meios.

as piadas brotam a todo momento, no quadrinho, enquanto a saga core wars realmente anda. mas pra você acompanhar a história vai ter que começar mesmo da primeira tira. muitas piadas eu tive mesmo que procurar em dicionarios e na wikipedia, mas se você é como eu que ainda acha graça depois de pesquisar que palavras e referências são aquelas por uns 5 minutos, é o primeiro ponto para gostar da comic. um dos meus favoritos é um onde um dos personagens principais conversa conversa com um urso sobre porque estão presos:

http://www.piratejesus.com/nerdcore/023.html

mas na verdade o tema das piadas é menos fascinante do que o outro conceito da obra: ela é realmente uma saga, com uma ambientação, uma mitologia. é uma fantasia medieval (mitologia dungeons&dragons) com elementos clássicos de space opera: os personagens vivem em um anel gigantesco que rodeia o sol a uma distância onde é possível se ter vida - uma variação da teoria da Esfera de Dyson - a qual chamam de anel de nibelungo. o autor ainda nunca deixa claro se ele trabalha as piadas em cima da história que criou, ou a história se desenvolve conforme ele tem uma idéia pra piada. esse formato torna nerdcore: core wars uma webcomic única e muito rica em detalhes e temas.

no arquivo dele há a opção todas as comics de uma vez só, que carrega elas todas em uma página só do browser, facilitando muito uma leitura rápida. mas nesse formato você perde os comentários do autor embaixo das tiras, aonde ele fala da vida dele e ainda explica boa parte das piadas; mostrando que ele também devia se sentir sozinho com o tipo de humor que usa. nos comentários ainda há dicas de outras coisas da internet. incluindo projetos do prório autor, como o delicioso (mas um pouco repetitivo) jogo online em flash chronotron.

depois eu vou falar de nerdcore, o estilo musical, e ainda fazer um paralelo entre o quadrinho e o estilo.

terça-feira, 3 de março de 2009

EDT: modelo de roteiro

o modo como eu escrevo o roteiro para o santiago desenhar é muito parecido com a dica do 10 paezinhos, aquela que eu comentei em outro post. desenho a disposição dos quadros, coloco os diálogos e as caixas de narração dentro deles; pra ajudar eu desenho também uns bonecos palito simbolizando os personagens, e a posição deles. veja uma página e seus comentários:

pag 2:
quadro1: vera incisiva aponta pra caixa, mas ela ainda nao está no quadro, e buck olha com cara de vergonha
quadro2: vera começa a andar até a caixa, que aparece no quadro. buck está cabisbaixo. mal está olhando pra vera
3: ela está perto da caixa, e dá pra ver a silhueta do boné dentro da caixa. buck volta a apoiar na janela, agora mais triste. mal fica meio que olhando pros dois, entre eles
4: close no boné, e ele está manchado e velho. fica ainda a criterio se vai ter a mão da vera no close, ou só ela atrás, e se a mão só toca o viro ou está levantando ele.


dessa vez, como estávamos só conversando pela internet, eu mandei também o techo explicativo acima. a cena é assim: vera, uma agente, grita pro chefe dela, o buck, que eles devem devolver o boné do alex (meu primeiro post), que estava guardado como prova para um crime, porque alex é uma espécie de testemunha para o caso e precisam da confiança dele. mal é uma criança que vera cuida.

fui bem prolixo. era a primeira vez que estávamos fazendo assim. a idéia agora é que o conteúdo dos quadros, as perspectivas e tal, fique a cargo dele também, já que ele está concebendo a parte visual do projeto. tipos de rosto, perspectivas, ambientes, estilo de traço.

mas eu continuo desenhando os pauzinhos porque pensar na emoção dos rostos, e também o que cabe dentro do quadro, ajuda demais para criar os diálogos e o desenrolar da história. então preciso sempre rabiscar o conteúdo do quadro pra saber o que vai ter lá. porque é difícil separar o ritmo dos quadros e o clima geral entre os personagens do roteiro.

o santiago que vai agora transformar esses rabiscos de história em desenhos. um abraço pra ele e pra vocês.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Muitos anos de você mesmo

dismemberment plan foi uma banda que lançou seu primeiro EP em 94, lançou 4 discos até 2001, e mudou seu som para cada um deles. eles não foram da salsa pro country, nada disso. O detalhe é que o som deles amadureceu cada vez mais. ouçam the city de 99, do álbum emergency & I. "eles não são revival de new wave, eles são legitimamente o new new wave", disse mais ou menos um crítico da pitchfork media, sobre o disco. agora the face of the earth, do álbum change, merece tanto quanto a outra que se acompanhe a letra. "... graciosamente sucumbiram à idade adulta" é o que diz nosso crítico. o texto vale a comparação final com borboletas, que podia ser horrível mas funcionou, ficou bonito.

já a pitchfork começou como fanzine em 95, e em 99 já era um website com matérias regulares sobre música. hoje em dia ela é gigante, tem radio e promove shows, etc. mas o que eu conheço mesmo de lá são as críticas dos álbuns, que são sempre ótimos textos pra se ler - mesmo que não falem nada direito sobre o disco - que são panoramas de gente apaixonada por música e que vive no centro de tudo aquilo. se você for na página da wikipedia de boa parte dos álbuns da nossa década, vai ter lá a nota da pitchfork e o link pra resenha.

emergency & I é um daqueles discos que marcaram época. 5 anos de banda, e saiu esse álbum. agora, imagina ainda o sujeito que resenhou esse álbum quando saiu, em 99, já sabendo o que ele significava? são dois bons motivos pra você não tentar salvar o rock ainda esse ano. muito menos tentar dizer como foi qualquer época musical. porque, você tendo vivido a época ou não, o que seu texto vai parecer ao ser lido por um cara que sabe realmente como 99 foi? muito difícil chegar nessa gente. seguindo essa lógica, fica óbvio que não vamos fazer história antes da década acabar...

isso tudo só pra lembrar o quão longo é o amadurecimento de alguma coisa que a gente cria. marcenaria de prateleiras em comparação a móveis coloniais, meu gibi comparado com preacher. então a gente faz história lá pela década que vem.

um outro detalhe é: mesmo que o som do dismemberment plan soe mal pra alguém, pareça velho pra outros, e os textos da pitchfork pareçam forçados, metidos... primeiro, não são realmente, em nenhum dos dois casos. segundo, eu imagino que fica bem difícil entender o que está acontecendo na música agora se não levarmos o site, ou a banda, em consideração; então vamos ter que observá-los com mais carinho. depois eu falo de mais coisas da nossa época que precisamos considerar, e amar :-)